Introdução à Ética: Dilema ético e os juízos de fato e de valor.

No texto de hoje faremos a introdução à Ética ou Filosofia moral, por meio de um vídeo sobre dilema ético, e veremos os conceitos de natureza e cultura, juízos de fato e de valor.

Assista ao vídeo abaixo sobre dilema moral:

1. DILEMAS  ÉTICOS MORAIS

Diante de dilemas morais, como o apresentado no vídeo, ou mesmo diante de situações do cotidiano, como saber qual a melhor escolha? Há uma escolha correta? Há uma escolha ética? Mas afinal, o que é ética e moral?

2. CULTURA E APRENDIZADO DE VALORES E PRINCÍPIOS

Para tomar decisões, nós utilizamos um sistema de crenças e valores, ou seja, são estes princípios que auxiliam nossa razão nas decisões que tomamos. Assim é necessário analisar como adquirimos esse sistema de valores e princípios. 

CONCEITOS DE NATUREZA E CULTURA

Natureza: Conjunto de todas as coisas que existem em estado bruto, independente da interferência humana. Ex. Florestas, estrelas, fome (sentir fome), rios, etc. 

Cultura: Conjunto de tudo aquilo que o ser humano constrói, modificando a natureza. Inclui-se na cultura não apenas os objetos, mas também objetos espirituais, crenças e manifestações artísticas.

Quando falamos da diferença entre natureza e cultura, esta se falando também de coisas necessárias e possíveis (algo que iremos abordar mais à frente). Ao tratar dos conceitos de natureza e cultura, é importante analisar outros dois conceitos: Juízos de Fato e Juízos de Valor. Ambos ligados à natureza (fato) e ao valor (possível) que adquirimos por meio da cultura.

CONCEITOS DE JUÍZO DE FATO E DE VALOR

Juízo de Fato: São juízos de fato aqueles que dizem o que as coisas são, como são e porque são. 

Juízos de Valor: São os juízos que avaliam as coisas, pessoas, ações, experiências, sentimentos e decisões como boas ou más.

CONCLUINDO

Os seres humanos vão além da natureza, além dos fatos, possuindo uma capacidade de proferir juízos de valor sobre os fatos e sobre a natureza. A chuva é um fato, ela é "necessária" do ponto de vista filosófico, isto é, nada o ser humano pode fazer em relação a sua existência. Porém o ser humano julga o fato de estar chovendo, atribuindo um valor, "bom" ou "ruim" ao fato de chover.  
Vimos até agora que o ser humano é dotado da capacidade de emitir juízos de valores, ou seja, julgar fatos que acontecem necessariamente. Esses valores são adquiridos por meio da cultura e por isso mudam de pessoa para pessoa, região para região. 
Assim podemos dizer que esses costumes culturais, fazer parte da moralidade (do latim mores), ou seja, são um conjunto de regras que determinam o comportamento dos indivíduos em um grupo social. 
Ante de concluir definitivamente é preciso acrescentar que a realização da moral se dá em conjunto com a LIBERDADE, ou seja, é uma aceitação consciente das normas morais. Sem consciência e liberdade, a educação moral visaria apenas a criar "robôs" seguidores de regras, que temem as penalidades quando as regras não são cumpridas. 
É a consciência moral que faz com que o agente moral tenha um dever ou obrigação moral. O dever moral não se realiza por uma imposição externa, mas conforme uma escolha livremente assumida.

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