Negar a política é o caminho?
A política vem
sendo debatida desde a antiguidade com o surgimento da democracia grega, e as
crises são momentos de reflexão e aperfeiçoamento do modelo político que a
sociedade deseja, porém para que esse processo ocorra a sociedade deve se
envolver e participar ativamente da vida política da Polis.
Filósofo grego
da antiguidade e um dos principais pensadores políticos de todos os tempos,
Platão registrou, “O preço a pagar pela não participação na política é ser
governado por quem é inferior”. Em termos atuais, podemos dizer que o preço
pela falta de interesse político é ser governado pelos que tem interesse
político, porém, nem sempre com boas intenções.
Vivemos em
tempos de crise política, uma crise que tem suas raízes na crise econômica de
2009, mas que também expõe o custo da falta de interesse de nossa sociedade
pela política. O debate movido pela paixão cega e extremada de “coxinhas” e
“mortadelas”, direita e esquerda, vermelhos e azuis e tantos outro grupos tem
feito com que a população, de modo geral, tenda a refutar e aumentar o seu
desgosto pela política.
Obviamente este
cenário tem a influência da grande mídia, que vê na alienação pública uma
grande oportunidade de incutir os seus valores e objetivos. Usamos o termo
alienação propositalmente, pois, o alienado não se enxerga na política, ele
pensa a política fora de si mesmo, acreditando que ser contra os “políticos”,
contra partidos políticos e contra tudo que se refere à política é a solução
para a crise que passamos.
Para não nos
alongarmos demasiadamente, se mostrem sensíveis para um novo olhar e uma nova
percepção, é de extrema importância perceber que não é negando a política e o
processo político que conseguiremos avançar nesta crise política, mas ao
contrário, só conseguiremos avançar nos aprofundando e conhecendo cada vez mais
o sistema político brasileiro e realizando as mudanças que se fizerem
necessárias para o desenvolvimento, da já tão frágil, Democracia Brasileira.
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